Comentário: Trata-se de um filme baseado em uma história real o que por si só já imprime uma força especial a experiência e assisti-lo.

A história pode parecer impossível, ainda mais nos dias atuais, marcados por um individualismo absurdo, pela alienação e violência bem como pelo medo doentio que assola toda a sociedade humana. Sociedade essa que torna-se assim, cada vez mais desumana, apesar de muitos não enxergarem nem admitirem tal realidade.

O filme conta a história de um adolescente órfão cuja mãe está viva mas que é dependente de drogas e está impossibilitada para a vida e para a maternidade. A infância desse jovem foi marcada por todo o tipo de violência psicológica, física e moral.
Sua solidão e carência em todos os níveis desde o material/físico até o afetivo levaram-no a criar uma couraça psicológica para sobreviver no mundo dito humano.

Evidentemente ele tem muitos talentos mas ficou bloqueado em suas capacidades e dons, pela dureza de sua história de vida. Na escola que freqüentava é rotulado e “convidado” a retirar-se. Sendo ele pobre, negro, com porte físico muito maior do que a média de meninos de sua idade e órfão, vivendo na rua, dá para imaginar qual seria o seu destino mais provável…

No entanto, sua índole é boa, profundamente pura e amorosa, é uma alma que não perdeu a conexão com a Fonte, com a Luz.
Então, como nada acontece por acaso, ele passa a ser percebido por uma mulher realmente especial e provavelmente destinada a ser sua mãe do ponto de vista espiritual.

A Sincronicidade os ajuda e aos poucos o quebra-cabeças vai se encaixando de forma incrivelmente perfeita.
Podemos perceber que o filme trata não apenas do tema cada vez mais atual, ADOÇÃO, como também mostra-nos que famílias saudáveis, equilibradas e amorosas existem e que ser humano estará sempre salvo quando guiado pelo Amor Incondicional que vence qualquer preconceito ou barreira.

Vale a pena assistir e refletir sobre família, valores, fé, esperança, significado do amor, esperança, solidariedade, o mundo que criamos e aquele que desejamos criar para o futuro…

Ingrid Cañete